
Kerry King
Em uma entrevista recente à rádio WMMR de Filadélfia, o lendário guitarrista Kerry King, conhecido por sua carreira no Slayer e por liderar sua própria banda, foi questionado sobre a possibilidade de escrever uma autobiografia. De forma direta e sem rodeios, King afirmou que não tem interesse em compartilhar sua história dessa maneira. Para ele, o que poderia ser escrito já foi amplamente explorado em entrevistas e declarações ao longo dos anos. “Não há nada para escrever além de fofocas. Eu sempre fui muito transparente nas entrevistas, e não tenho nada a esconder”, disse o guitarrista. “E eu jamais jogaria minha banda para escanteio ou falaria mal de quem quer que seja.”
King explicou que sua longa trajetória no Slayer e como vocalista e líder de sua banda solo gerou uma grande quantidade de entrevistas e matérias sobre sua vida, carreira e pensamentos. No entanto, ele se mostrou desinteressado em criar uma narrativa autobiográfica, pois considera que já se expressou o suficiente ao longo das décadas. Ele também fez uma comparação com Dave Mustaine, vocalista do Megadeth, destacando que não tem interesse nas autobiografias de outros músicos e preferindo viver sua própria história sem recorrer a esse formato.
Ao ser questionado sobre o Slayer, King relembrou que já passou por muitas situações difíceis e conturbadas com a banda, mas garantiu que não existe espaço para a narrativa sensacionalista e que a maioria das histórias mais polêmicas da banda não faz parte do seu estilo de vida. “A gente não tem overdose de drogas ou terapeutas como algumas bandas por aí, apenas música e história para contar”, declarou o guitarrista, que preferiu focar em sua jornada musical e no legado da banda sem recorrer ao drama.
O ano de 2024 tem sido marcante para King, que realizou sua primeira turnê solo com sua nova banda. Iniciando sua jornada em janeiro, o guitarrista tocou em várias cidades norte-americanas, levando ao público o álbum From Hell I Rise, lançado em maio de 2024. A turnê contou com a presença de grandes nomes como Mark Osegueda (Death Angel), Phil Demmel (Machine Head) e Kyle Sanders (Hellyeah), e teve como destaque o carisma de King no palco. A energia de sua nova banda foi aclamada pelos fãs, e os shows atraíram cada vez mais atenção, especialmente nas apresentações com Municipal Waste e Alien Weaponry como bandas de apoio.
Apesar de ser comparado constantemente com sua antiga banda, o Slayer, King se mostrou confiante e sem receio das críticas. “Sei que vão dizer que meu trabalho solo soa como Slayer, mas não me importo. Eu sei que o álbum tem a sua própria identidade e se sustenta como uma obra sólida, tanto em termos musicais quanto de performance”, afirmou. Para ele, as comparações são inevitáveis, mas o importante é que sua música tenha força e relevância própria, independente do legado que o Slayer deixou.
Com o sucesso da turnê e o lançamento de From Hell I Rise, Kerry King segue firme em sua trajetória solo, sem olhar para trás. Sua música, ainda poderosa e impactante, segue ganhando admiradores ao redor do mundo. O guitarrista também revelou planos para uma nova turnê pela Europa, com shows agendados em grandes festivais como Hellfest e Download. “A música sempre foi o que me move, e é isso que eu vou continuar fazendo enquanto ainda houver algo novo para criar”, concluiu King, deixando claro que sua jornada solo está apenas começando.