Glauber Oliveira, guitarrista do Caravellus, estreia carreira solo com o single instrumental LORE
01/09/2025 //
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Crédito: Carol Oliveira
Músico pernambucano lança sua primeira obra individual após mais de 20 anos de trajetória, mesclando brasilidade, peso e fusion em uma experiência audiovisual completa.
O guitarrista Glauber Oliveira, nome fundamental do metal progressivo brasileiro à frente da banda Caravellus, inicia oficialmente sua carreira solo com o single instrumental LORE. A faixa marca o pontapé inicial de um projeto que pretende lançar músicas de forma independente, sempre acompanhadas de videoclipes cinematográficos. “LORE significa ‘Tradição’, ‘Costumes’… uma palavra perfeita para representar esse momento seminal de minha carreira, como artista solo”, revela Glauber, que define a música como síntese de sua essência: brasileira, técnica e universal.
Embora tenha projeção nacional e internacional com o Caravellus e também com passagens marcantes pelo Dark Avenger, Glauber sempre foi cobrado pelos fãs para lançar um trabalho individual. Agora, a guitarra assume definitivamente o papel de protagonista. “No meu trabalho solo, eu possuo mais espaço para me expressar como guitarrista. É a guitarra quem canta e cria atmosferas”, explica. A proposta é explorar a fundo seu repertório de influências, que vai do maracatu e da música popular brasileira ao metal progressivo, fusion e jazz.
LORE foi gravado no GO Studio, espaço particular de Glauber, onde ele também assumiu a produção e a mixagem. Com vasta experiência como produtor e arranjador, acumulada em álbuns de grande relevância no cenário do metal nacional, ele cuidou de todos os detalhes. Para garantir excelência no resultado final, a masterização foi entregue ao renomado Jacob Hansen, na Dinamarca, profissional que já trabalhou com nomes como Epica, Volbeat, Evergrey e Amaranthe. “Ter a chancela de Hansen é a certeza de que o single chega com qualidade internacional”, destaca.
O videoclipe de LORE, também produzido e dirigido por Glauber, amplia a experiência musical para uma dimensão visual. Com olhar cinematográfico, o vídeo constrói uma narrativa simbólica que conecta culturas distintas. “O vídeo traz como elementos centrais um caboclo de lança do Maracatu e uma camponesa do medievo europeu, unindo-os pela simbologia da rosa, das fitas coloridas e da mística. Esse encontro onírico reforça o sincretismo cultural que já está presente na música”, explica. A escolha de assumir pessoalmente a direção se deve à sua formação em audiovisual e à paixão pelo cinema, o que lhe permitiu traduzir sua obra de forma sensível e autoral.
Musicalmente, LORE mergulha em camadas que traduzem a identidade multifacetada de Glauber. A base rítmica traz elementos do maracatu, mesclados ao peso de sua guitarra de sete cordas. Teclados com acordes jazzísticos, aliados a timbres etéreos e atmosféricos que remetem aos anos 80, acrescentam sofisticação e textura à composição. “Arranjei os teclados com acordes mais sofisticados, só que com timbres oitentistas e etéreos, trazendo muitas vezes uma vibe new age”, detalha. O resultado é uma fusão ousada que rompe fronteiras estilísticas e emociona pela força melódica.
O guitarrista planeja uma série de lançamentos nesse formato — singles acompanhados de videoclipes elaborados —, valorizando a liberdade criativa de cada obra. “No futuro, pretendo compilar esse material em um álbum e talvez materializar isso fisicamente. Veremos como estará o mercado à época”, afirma. A ideia é manter sua produção sempre em evidência, explorando diferentes linguagens a cada faixa, sem se prender a um conceito fixo.
Para Glauber, este lançamento é mais do que um passo artístico: é a realização de um desejo antigo. “Ao longo desses mais de 20 anos de carreira, sou cobrado pelos fãs a fazer isso. Como sempre assumi grande responsabilidade dentro das bandas que encabecei, nunca me sobrava tempo e espólio criativo para tal feito. Portanto, materializar isso agora me deixa profundamente feliz”, declara. Com LORE, ele inaugura uma nova fase que promete emocionar e encantar: “Espero que essa nova etapa da minha carreira emocione e encante aqueles que se colocam sensíveis à música”.
