Texto por Thiago Rahal Mauro

Glenn Hughes – Foto: @marcoshermes/Bangers Open Air
O Bangers Open Air estreou em grande estilo, trazendo um novo fôlego para os festivais de metal no Brasil. Embora esta seja sua primeira edição com esse nome, o evento já possui um histórico recente: as duas edições anteriores aconteceram sob o nome Summer Breeze Brasil, consolidando-se como um dos principais festivais do gênero no país. Organizado com profissionalismo e atenção aos detalhes, o festival rapidamente se posiciona como uma das promessas mais empolgantes do cenário nacional e mundial. A produção cuidou de todos os aspectos essenciais para oferecer uma experiência confortável e intensa para o público, desde a estrutura de som e iluminação até o suporte ao artista. Com o foco em valorizar o heavy metal em suas diversas vertentes, o Bangers Open Air mostra que veio para ficar. O clima era de celebração, união e paixão pela música pesada.
Os quatro palcos do festival foram montados no emblemático Memorial da América Latina, localizado na Barra Funda, em São Paulo. Projetado por Oscar Niemeyer, o espaço se mostrou ideal para receber o público headbanger, com uma área ampla, de fácil acesso e com ótima infraestrutura. A escolha do local foi um acerto da organização, pois une funcionalidade e simbolismo cultural. A atmosfera única do Memorial contribuiu para o caráter especial do festival, que vai além da música e promove encontros e memórias. Os fãs circularam com tranquilidade entre os espaços, aproveitando cada momento. O pôr do sol refletido na escultura da mão de Niemeyer parecia abençoar a estreia do evento sob o novo nome.
Com uma estrutura impressionante, o Bangers Open Air oferece ao público quatro palcos com programações simultâneas, pensadas para atender aos mais variados gostos dentro do universo da música pesada. Os dois palcos principais, batizados de Hot e Ice, concentram os grandes nomes do line-up e proporcionam uma experiência de alto nível, com equipamentos de ponta e cenografia impactante. Ambos ficam montados lado a lado na área externa do Memorial, permitindo trocas ágeis entre os shows e mantendo a intensidade do evento sem longas pausas. Já o palco Sun, localizado em outro espaço aberto do complexo, serve como vitrine para bandas em ascensão, novos talentos e sonoridades alternativas, funcionando como um verdadeiro garimpo de novas experiências. Por fim, o palco Waves, montado dentro do teatro do Memorial, abriga apresentações mais intimistas, e performances especiais, trazendo um respiro ao longo da programação intensa.
O público respondeu de forma entusiasmada desde os primeiros acordes, demonstrando sede por eventos bem organizados e com identidade. Pessoas de todas as idades compareceram, formando uma plateia diversa e apaixonada, que vibrou com cada apresentação. Muitos vieram de outras cidades e estados, reforçando o alcance nacional do Bangers Open Air. As rodas de mosh, os punhos erguidos e os gritos de euforia criaram um ambiente carregado de energia positiva. O comportamento do público também foi exemplar, com respeito mútuo e espírito de camaradagem. Era visível o orgulho de fazer parte daquele momento histórico.
Além dos shows, o festival ofereceu uma série de atrações e atividades para entreter os participantes ao longo do dia. Havia estandes de merchandising com camisas, CDs e itens exclusivos das bandas, além de expositores independentes e lojinhas alternativas. A área de alimentação contava com diversas opções, incluindo comidas vegetarianas e veganas, além de cerveja artesanal e drinks variados. Outro destaque foi o espaço instagramável, onde fãs registraram sua presença no evento. O Bangers Open Air também promoveu ações de conscientização e sustentabilidade, reforçando seu compromisso com a responsabilidade social. Tudo foi pensado para tornar a experiência ainda mais completa.
Com essa combinação de estrutura de qualidade, curadoria musical competente e atenção ao público, o Bangers Open Air deu um passo importante para se tornar um dos festivais de referência no Brasil. Sua estreia sob nova identidade empolgou e mostrou que há espaço — e demanda — para eventos que valorizam a essência do metal, sem abrir mão da organização e do respeito ao fã. O Memorial da América Latina serviu como um palco imponente para essa celebração, e as bandas do Warm Up deixaram claro que o metal está mais vivo do que nunca. Se o primeiro dia já impressionou, o que vem a seguir promete ainda mais.
OS SHOWS DO PRIMEIRO DIA
KISSIN’ DYNAMITE
O Bangers Open Air teve início com a apresentação do Kissin’ Dynamite, às 15h10, que ficou encarregado de abrir o festival no palco principal em um horário ainda cedo, mas já diante de um público considerável. Com uma performance sólida e bem executada, o grupo alemão mostrou por que é um dos nomes em ascensão no hard rock europeu. A escolha para a abertura se revelou acertada, já que o repertório da banda combina energia, melodias acessíveis e refrões marcantes, funcionando bem como cartão de visita para o evento. A música “Back With a Bang”, que abriu o set, sintetiza essa proposta com competência.
O vocalista Johannes Braun se destacou pela postura confiante e boa comunicação com a plateia, conduzindo o público com naturalidade ao longo das músicas. Em diversos momentos, incentivou o coro coletivo e a resposta foi positiva, mesmo para uma banda que ainda está em processo de consolidação no Brasil. Já o guitarrista Jim Müller dividiu o protagonismo no palco, conduzindo os riffs e solos com segurança e presença cênica. A boa sintonia entre os dois foi um dos pontos altos da apresentação, especialmente em faixas como “DNA” e “I’ve Got the Fire”, que trouxeram dinâmica ao início da tarde.
A estrutura do palco era enxuta, com um único backdrop exibindo o nome da banda, mas os músicos compensaram com movimentação e domínio de palco. Ande Braun (guitarra) e Steffen Haile (baixo) ocuparam plataformas laterais, dando equilíbrio visual à apresentação e contribuindo para uma performance mais envolvente. O baterista Sebastian Berg sustentou os arranjos com precisão, mantendo a coesão rítmica ao longo do set.
O repertório trouxe uma seleção que equilibrou músicas mais recentes e faixas conhecidas dos álbuns anteriores. “My Monster” e “The Devil Is a Woman” mantiveram o ritmo em alta, enquanto “Not the End of the Road” e “You’re Not Alone” reforçaram o caráter melódico do grupo, com refrãos pensados para grandes plateias. O encerramento com “Raise Your Glass” foi um convite à celebração, com o público participando ativamente e mostrando receptividade ao som do Kissin’ Dynamite. O clima era positivo e a resposta geral foi de aprovação.
Como banda de abertura, o Kissin’ Dynamite cumpriu bem seu papel: aqueceu o público, entregou um show sem falhas técnicas e representou com competência o hard rock contemporâneo de seu país. Embora não tenha sido uma apresentação explosiva e cheia de surpresas, foi eficaz, coesa e deixou uma boa impressão. Para muitos, foi uma introdução ao som da banda; para outros, a confirmação de que o grupo merece mais espaço nos grandes festivais. Um início promissor para o festival, que seguiria com uma programação extensa e variada ao longo dos dias.
Setlist
Back With a Bang
DNA
No One Dies a Virgin
I’ve Got the Fire
My Monster
The Devil Is a Woman
Not the End of the Road
You’re Not Alone
Raise Your Glass

Kissin’ Dynamite – Foto: @diegopadilha/Bangers Open Air

Kissin’ Dynamite – Foto: @diegopadilha/Bangers Open Air

Kissin’ Dynamite – Foto: @diegopadilha/Bangers Open Air

Kissin’ Dynamite – Foto: @diegopadilha/Bangers Open Air

Kissin’ Dynamite – Foto: @diegopadilha/Bangers Open Air

Kissin’ Dynamite – Foto: @diegopadilha/Bangers Open Air

Kissin’ Dynamite – Foto: @diegopadilha/Bangers Open Air
DOGMA
A apresentação da banda Dogma no Bangers Open Air chamou atenção desde os primeiros instantes, mesmo antes da música começar. As cinco integrantes subiram ao palco com trajes que remetiam a freiras, porém com uma abordagem sensual e provocativa, o que gerou surpresa e curiosidade por parte do público. O visual ousado não foi apenas um elemento cenográfico, mas parte de uma proposta artística bem definida, que combina teatralidade, crítica e estética transgressora. O impacto visual, contudo, não ofuscou o conteúdo musical, que sustentou bem a performance.
O repertório foi construído em torno de um hard rock direto, com atenção às melodias e uma pegada moderna. A vocalista Lilith liderou a apresentação com segurança, equilibrando momentos de intensidade e provocação com passagens mais melódicas. As guitarristas Lamia e Rusalka mostraram bom entrosamento nos riffs e solos, enquanto Nixe (baixo) e Abrahel (bateria) formaram uma base sólida e eficiente, mesmo com algumas pequenas falhas técnicas percebidas no som. Faixas como “Forbidden Zone” e “Made Her Mine” ajudaram a consolidar a identidade sonora da banda ao vivo.
Um dos momentos de maior destaque do show foi a releitura de “Like a Prayer”, clássico de Madonna, adaptado para uma sonoridade mais pesada e sombria. A interpretação ousada arrancou aplausos e mostrou versatilidade na construção do repertório. A sequência com músicas como “Pleasure From Pain” e “Father I Have Sinned” manteve o clima provocativo, abordando temas que transitam entre desejo, culpa e questionamento religioso — todos alinhados à proposta visual e lírica da banda. A combinação entre conceito e execução chamou atenção e criou um ambiente imersivo.
Apesar das pequenas falhas no som, principalmente na equalização dos vocais, a banda seguiu coesa e com boa presença de palco. O encerramento com “The Dark Messiah” reforçou o tom dramático da apresentação, fechando o show de forma intensa e teatral. O Dogma conseguiu equilibrar bem forma e conteúdo, com uma performance que vai além do choque visual, sustentada por composições bem estruturadas e uma identidade clara.
Mesmo sendo uma banda relativamente nova para boa parte do público, o Dogma conseguiu conquistar a plateia com uma mistura de impacto estético, presença marcante e um som consistente. No Bangers Open Air, em meio a tantas atrações de peso, as cinco musicistas deixaram sua marca e despertaram interesse por onde ainda podem chegar. Uma apresentação que provocou, intrigou e, principalmente, entregou.
Setlist
Intro
Forbidden Zone
My First Peak
Made Her Mine
Banned
Like a Prayer (Madonna cover)
Bare to the Bones
Make Us Proud
Pleasure From Pain
Father I Have Sinned
The Dark Messiah

Dogma – Foto: @marcoshermes/Bangers Open Air

Dogma – Foto: @marcoshermes/Bangers Open Air

Dogma – Foto: @marcoshermes/Bangers Open Air

Dogma – Foto: @marcoshermes/Bangers Open Air

Dogma – Foto: @marcoshermes/Bangers Open Air

Dogma – Foto: @marcoshermes/Bangers Open Air

Dogma – Foto: @marcoshermes/Bangers Open Air
ARMORED SAINT
O show do Armored Saint no Bangers Open Air teve início marcado por dificuldades técnicas, com o som do vocal de John Bush muito baixo durante boa parte das primeiras músicas no Ice Stage. A situação gerou desconforto tanto para a banda quanto para o público, que tentava sinalizar o problema à equipe técnica. Ainda assim, o grupo californiano seguiu com atitude e competência, conquistando a plateia aos poucos. Mesmo diante de uma situação adversa, os músicos demonstraram solidez e profissionalismo, reforçando o porquê são considerados um dos nomes mais injustamente subestimados do heavy metal.
Formada por Phil Sandoval e Jeff Duncan nas guitarras, Joey Vera no baixo, Gonzo Sandoval na bateria e o veterano John Bush nos vocais, a banda mostrou maturidade e presença de palco. Com o som se ajustando ao longo da apresentação, faixas como “End of the Attention Span”, “Raising Fear” e “Long Before I Die” foram ganhando corpo, empolgando os presentes. A combinação de riffs afiados e um groove marcante foi bem recebida, especialmente por quem conhece o legado da banda desde os anos 1980. Mesmo com a produção modesta em termos visuais, a música falou mais alto.
Um dos grandes momentos do show aconteceu durante a execução de “Can U Deliver”, quando John Bush saiu do palco e foi cantar no meio do público. A atitude reforçou o vínculo entre a banda e os fãs, gerando uma comoção genuína e selando o carinho que o grupo tem por sua base de admiradores. O gesto simples, mas carregado de simbolismo, transformou o que começou como uma performance difícil em uma apresentação memorável. O público respondeu com entusiasmo, cantando junto e celebrando o momento.
O encerramento com “Reign of Fire” foi potente e digno da trajetória da banda. O Armored Saint mostrou que, mesmo sem os holofotes que muitos colegas de geração conquistaram, permanece relevante e com energia de sobra. No Bangers Open Air, entregaram um show sincero, intenso e movido pela paixão à música pesada — exatamente o tipo de performance que faz um festival valer a pena.
Setlist
March of the Saint
End of the Attention Span
Raising Fear
Long Before I Die
The Pillar
Last Train Home
Left Hook From Right Field
Standing on the Shoulders of Giants
Win Hands Down
Can U Deliver
Reign of Fire

Armored Saint – Foto: @diegopadilha/Bangers Open Air

Armored Saint – Foto: @diegopadilha/Bangers Open Air

Armored Saint – Foto: @diegopadilha/Bangers Open Air

Armored Saint – Foto: @diegopadilha/Bangers Open Air

Armored Saint – Foto: @diegopadilha/Bangers Open Air

Armored Saint – Foto: @diegopadilha/Bangers Open Air
PRETTY MAIDS
A aguardada estreia do Pretty Maids em solo brasileiro finalmente aconteceu no Bangers Open Air 2025, diante de uma plateia ansiosa por testemunhar ao vivo um dos nomes mais icônicos do hard rock e heavy metal europeu. Com mais de quatro décadas de estrada, os dinamarqueses trouxeram uma apresentação firme e emocional, marcada por grandes clássicos e a presença carismática do vocalista Ronnie Atkins, que esteve por aqui anteriormente com o Avantasia. A apresentação no Ice Stage foi mais do que uma estreia: foi uma celebração da longevidade, da resistência e da paixão pela música.
Mesmo com uma longa trajetória e mudanças de formação ao longo dos anos, o Pretty Maids se mantém coeso e vigoroso. Ronnie Atkins e o guitarrista Ken Hammer, membros fundadores, dividem o palco com Chris Laney (guitarra e teclados), René Shades (baixo) e Allan Tschicaja (bateria), promovendo o álbum Undress Your Madness (2019) e revisitando sucessos de todas as fases da carreira. O setlist foi uma viagem no tempo, com passagens por “Red, Hot and Heavy”, “Future World” e “Love Games”, recebidas com entusiasmo por fãs de todas as idades.
A emoção se intensificou diante da trajetória recente de Ronnie Atkins, diagnosticado com um câncer incurável em estágio 4. Durante entrevista ao site Onde o Rock Acontece, Ronnie revelou: “Antes de tudo, foi um divisor de águas. Mas, para ser sincero, há cinco anos eu jamais acreditaria que ainda estaria aqui hoje, tendo gravado três álbuns solo, um álbum com o Pretty Maids, e ainda subindo aos palcos com o Avantasia e minha própria banda. Eu me sinto abençoado por ainda poder fazer aquilo que amo desde os 10 anos de idade.” Sua luta e persistência trouxeram ainda mais significado a canções como “Little Drops of Heaven” e “Please Don’t Leave Me”, que emocionaram o público.
Em outro momento da conversa com o site, Ronnie refletiu sobre o impacto da doença em sua vida: “Você para de dar certas coisas como garantidas e não quer mais lidar com problemas triviais, porque percebe que existem questões muito mais importantes. A vida é um presente e você deve estar grato a cada dia que abre os olhos.” Essa visão de mundo se traduz na energia que o vocalista transmite no palco — não como alguém fragilizado, mas como um artista pleno, ciente da importância de cada momento.
A execução de faixas como “Pandemonium”, “Mother of All Lies” e “I.N.V.U.” destacou a versatilidade do grupo em alternar entre o peso do heavy, a melodia do AOR e a energia contagiante do hard rock. O público respondeu com intensidade, cantando junto, erguendo os punhos e aplaudindo calorosamente cada canção. A apresentação deixou evidente por que o Pretty Maids é uma referência que atravessa gerações, influenciando nomes como Blind Guardian e mantendo uma base fiel de seguidores.
Ao final, Ronnie resumiu o espírito de sua jornada: “Ainda tenho um câncer incurável. Ele não desapareceu completamente, apenas está sob controle. Mas aprendi a conviver com isso. Não posso mudar, então apenas faço o meu melhor para aproveitar ao máximo. Como na música que escrevi: ‘Make It Count’.” E foi exatamente isso que ele e a banda fizeram no Bangers Open Air: entregaram um show memorável, profundo e vibrante — uma verdadeira celebração da vida através da música.
Setlist
Mother of All Lies
Kingmaker
Rodeo
Back to Back
Red, Hot and Heavy
Pandemonium
I.N.V.U.
Little Drops of Heaven
Please Don’t Leave Me
Future World
Love Games

Preety Maids – Fotos @marcoshermes/Bangers Open Air

Preety Maids – Fotos @marcoshermes/Bangers Open Air

Preety Maids – Fotos @marcoshermes/Bangers Open Air

Preety Maids – Fotos @marcoshermes/Bangers Open Air

Preety Maids – Fotos @marcoshermes/Bangers Open Air

Preety Maids – Fotos @marcoshermes/Bangers Open Air

Preety Maids – Fotos @marcoshermes/Bangers Open Air

Preety Maids – Fotos @marcoshermes/Bangers Open Air
DORO
Veterana do heavy metal mundial, Doro Pesch foi recebida com entusiasmo no Bangers Open Air 2025, reforçando a conexão duradoura que mantém com o público brasileiro desde sua primeira visita ao país, em 2006. Ícone absoluto do gênero e referência para diversas gerações, a cantora alemã celebrou a própria trajetória com um repertório que uniu peso, emoção e nostalgia.
A apresentação foi marcada por uma seleção de faixas que atravessam décadas de carreira, com destaque para os clássicos da época do Warlock, banda que a projetou nos anos 1980. Abrindo com “I Rule the Ruins”, Doro demonstrou vigor e entrega, seguida por hinos como “Burning the Witches”, “Hellbound”, “Metal Racer” e “Fight for Rock” — todas recebidas com entusiasmo por um público que cantava junto cada verso.
Momentos mais emotivos vieram com “Für immer”, balada poderosa cantada em alemão, e com “All We Are”, verdadeiro símbolo de união e resistência no metal, que encerrou o show em clima de celebração. Já da carreira solo, canções como “Raise Your Fist in the Air”, “Time for Justice” e “Fire in the Sky” mostraram que a artista continua criativa e relevante, mantendo o espírito combativo e inspirador que sempre a acompanhou. A homenagem ao Judas Priest com “Breaking the Law” também foi calorosamente recebida, reforçando a ligação com o legado do metal tradicional.
Em meio à performance, o guitarrista Bill Hudson, único brasileiro na formação atual da banda, emocionou-se ao discursar para o público. Agradeceu pela receptividade e destacou a importância daquele momento, tocando com uma lenda como Doro em seu país natal. Ao lado dele, completaram o time Johnny Dee (bateria), Stefan Herkenhoff (baixo) e Bas Maas (guitarra), músicos que reforçaram o impacto da apresentação com precisão e energia.
Promovendo o álbum Conqueress – Forever Strong and Proud (2023), Doro reafirma sua relevância mesmo após quatro décadas de estrada. Com uma entrega sincera, repertório abrangente e respeito absoluto ao público, ela demonstrou por que segue sendo chamada, com justiça, de Rainha do Metal.
Setlist
Intro
I Rule the Ruins (Warlock)
Earthshaker Rock (Warlock)
Burning the Witches (Warlock)
Hellbound (Warlock)
Fight for Rock (Warlock)
Time for Justice
Raise Your Fist in the Air
Metal Racer (Warlock)
Für immer (Warlock)
Fire in the Sky
Breaking the Law (Judas Priest)
All We Are (Warlock)

Doro – Foto @diegopadilha/Bangers Open Air

Doro – Foto @diegopadilha/Bangers Open Air

Doro – Foto @diegopadilha/Bangers Open Air

Doro – Foto @diegopadilha/Bangers Open Air

Doro – Foto @diegopadilha/Bangers Open Air

Doro – Foto @diegopadilha/Bangers Open Air

Doro – Foto @diegopadilha/Bangers Open Air

Doro – Foto @diegopadilha/Bangers Open Air

Doro – Foto @diegopadilha/Bangers Open Air

Doro – Foto @diegopadilha/Bangers Open Air
GLENN HUGHES
Com uma carreira marcada por versatilidade e intensidade, Glenn Hughes subiu ao palco do Bangers Open Air 2025 para revisitar sua passagem pelo Deep Purple, em uma apresentação que reafirmou por que ele é amplamente reconhecido como “The Voice of Rock”. Ex-baixista e vocalista da lendária banda britânica — e atual frontman do Black Country Communion — Hughes entregou um show vibrante, emocional e tecnicamente impecável, resgatando momentos históricos do hard rock dos anos 1970.
Abrindo com “Stormbringer” e “Might Just Take Your Life”, o músico logo conquistou a plateia com sua voz poderosa e inconfundível, mostrando vitalidade e domínio absoluto do palco. Hughes também incluiu faixas emblemáticas como “Sail Away” e a extensa e dinâmica execução de “You Fool No One”, que contou com improvisos, solos e inserções de trechos de “High Ball Shooter”, mantendo o público envolvido do início ao fim.
Um dos pontos altos foi a interpretação emocionante de “Mistreated”, onde Hughes demonstrou todo seu alcance vocal e sensibilidade artística. A parte final do show foi dedicada ao período com Tommy Bolin na formação MK IV, com as potentes “Gettin’ Tighter” e “You Keep On Moving”, antes de encerrar com o clássico absoluto “Burn”, cantado em uníssono pelo público.
Embora o foco tenha sido a fase Deep Purple, o peso da trajetória de Hughes se fez presente em cada detalhe. Com mais de 50 anos de carreira, o músico já colaborou com nomes como Black Sabbath, Gary Moore, Trapeze, The Dead Daisies, entre outros, além de seus inúmeros projetos e 14 álbuns solo.
A performance de Glenn Hughes no Bangers Open Air foi, acima de tudo, uma celebração de sua história, mas também uma prova de sua relevância contínua no cenário do rock. A conexão com o público e a entrega intensa no palco mostraram que, mesmo após décadas de estrada, o lendário vocalista ainda tem muito a dizer — e cantar.
Setlist
Stormbringer
Might Just Take Your Life
Sail Away
You Fool No One / Solo de guitarra / Blues / High Ball Shooter / You Fool No One / Solo de bateria / You Fool No One
Mistreated
Gettin’ Tighter
You Keep On Moving
Burn

Glenn Hughes – Fotos @marcoshermes/Bangers Open Air

Glenn Hughes – Fotos @marcoshermes/Bangers Open Air

Glenn Hughes – Fotos @marcoshermes/Bangers Open Air

Glenn Hughes – Fotos @marcoshermes/Bangers Open Air

Glenn Hughes – Fotos @marcoshermes/Bangers Open Air

Glenn Hughes – Fotos @marcoshermes/Bangers Open Air

Glenn Hughes – Fotos @marcoshermes/Bangers Open Air
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