Leia sobre o primeiro dia do festival
Por Thiago Rahal Mauro

Sabaton – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)
Cobrir um festival como o Bangers Open Air é, acima de tudo, fazer escolhas. Com quatro palcos funcionando simultaneamente, é impossível assistir a todos os shows – ainda mais quando se está sozinho na missão. Meu nome é Thiago Rahal Mauro, e representando o site Onde o Rock Acontece, estive presente no sábado, 3 de maio de 2025, dia que reuniu um dos line-ups mais diversos do festival. Infelizmente, por contarmos com apenas um repórter credenciado, alguns shows acabaram ficando de fora da nossa cobertura. Mas o que vi foi o suficiente para afirmar: o Bangers entregou intensidade, suor e muito metal.
Durante o sábado, grandes nomes como Sabaton, Powerwolf e Saxon dividiram espaço com promessas e representantes do underground nacional e internacional. A pluralidade sonora foi uma marca registrada – desde o power metal melódico ao thrash mais agressivo, passando por momentos de hard rock e até mesmo o metal gótico. Escolher onde estar a cada hora exigia estratégia e, muitas vezes, uma dose de sorte. Este texto é, portanto, um recorte pessoal daquilo que vivi, ouvi e senti durante o festival.
Cada decisão significava abrir mão de algo. Ao escolher acompanhar um show inteiro no palco principal, por exemplo, perdia-se a chance de descobrir novas bandas nos palcos alternativos. Ainda assim, houve momentos inesquecíveis, apresentações que justificaram qualquer sacrifício e me fizeram esquecer do cansaço. A multidão presente parecia entender essa dinâmica e se dividia entre os palcos, sempre com entusiasmo. A energia do público foi combustível para todas as bandas que tive o privilégio de assistir.
Mesmo com a logística desafiadora, a organização do festival manteve a estrutura funcionando de forma eficiente. Os horários foram respeitados, o som esteve, na maioria das vezes, bem regulado, e a sinalização entre palcos facilitava a circulação. Ainda assim, a limitação de cobertura de imprensa nos impediu de registrar momentos que, certamente, foram marcantes. Isso não diminui, porém, o impacto do que conseguimos presenciar: shows memoráveis e atuações que demonstraram por que o Bangers Open Air é um dos festivais mais relevantes do gênero.
Nas próximas linhas, compartilho as experiências que vivi e as bandas que pude acompanhar neste sábado intenso. Não é uma cobertura completa, mas é honesta e apaixonada – como o próprio espírito do metal. Espero que este relato sirva tanto para quem esteve presente e quer reviver a noite, quanto para quem deseja entender o que rolou de melhor no festival. Então, prepare-se: o que vem a seguir é puro peso, suor e emoção.
OS SHOWS QUE CONSEGUI ASSISTIR
VIPER
A responsabilidade de abrir um dos palcos principais do Bangers Open Air é grande, mas o Viper fez isso com maestria no palco Sun. Com uma apresentação voltada ao clássico disco Evolution, a banda mostrou que está atravessando uma das melhores fases de sua carreira. Desde os primeiros acordes de “Timeless”, faixa título de seu último álbum de estúdio, ficou claro que seria um show especial. A atmosfera nostálgica, aliada a uma performance intensa e tecnicamente impecável, cativou o público logo de cara.
Leandro Caçoilo, no vocal, foi um verdadeiro gigante. Além da potência vocal, sua presença de palco foi magnética – parecia que ele estava destinado a ocupar aquele microfone. “Prelude to Oblivion” e “A Cry from the Edge” vieram na sequência, com solos afiados de Felipe Machado e Kiko Shred, que se completaram perfeitamente ao longo do set. O som estava bem regulado e permitia ouvir com clareza cada detalhe da performance, especialmente nas camadas melódicas e nos momentos mais agressivos.
Em “Coming From the Inside” e “Dance of Madness”, a banda mostrou seu entrosamento, com destaque para Guilherme Martin na bateria, marcando tudo com precisão e energia. Um dos pontos altos foi o medley “Wasted / The Shelter”, que deu uma variação dinâmica ao setlist. Já “Dead Light” serviu como um respiro sombrio antes da pancada que foi “Rebel Maniac”, dedicada a Pit Passarell. Aliás, Daniel Matos, que assumiu o baixo, fez um trabalho impecável, respeitando a identidade da banda e acrescentando sua personalidade.
Na reta final, vieram os momentos mais emocionantes. A faixa-título “Evolution” trouxe um peso absurdo, com um refrão cantado a plenos pulmões pela plateia. A homenagem a Andre Matos com “The Spreading Soul” emocionou muitos fãs – e confesso que fiquei arrepiado ao ver tantos olhos marejados ao meu redor. A sequência com “Under the Sun” e o encerramento apoteótico com “Living for the Night” coroaram um show que equilibrou homenagem, técnica e emoção como poucos.
Depois dessa apresentação deixou claro que o Viper está mais vivo do que nunca. A escolha do repertório foi certeira, o desempenho individual e coletivo foi digno dos grandes momentos da banda, e o respeito à própria história emocionou até os fãs mais exigentes. Para mim, foi um dos grandes destaques do sábado, e uma lembrança que vai ecoar por muito tempo.
Setlist
Timeless
Prelude to Oblivion
A Cry from the Edge
Coming From the Inside
Dance of Madness
Wasted / The Shelter
Dead Light
Rebel Maniac (dedicada a Pit Passarel)
Evolution
The Spreading Soul (dedicada a Andre Matos)
Under the Sun
Living for the Night

Viper – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Viper – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Viper – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Viper – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Viper – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Viper – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Viper – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Viper – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Viper – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Viper – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)
H.E.A.T
Poucos shows do sábado foram tão quentes – no sentido literal e figurado – quanto o do H.E.A.T no Bangers Open Air. O calor era sufocante, mas a energia que a banda sueca trouxe ao palco compensou qualquer desconforto. Mesmo com o guitarrista Dave Dalone visivelmente doente, muitas vezes tocando sentado ou se retirando momentaneamente para os bastidores, a banda entregou uma apresentação de altíssimo nível. E o que dizer de Kenny Leckremo? O vocalista tem uma presença de palco impressionante e segurou o repertório com uma confiança admirável, cantando inclusive as músicas da era Erik Grönwall com perfeição.
O show começou em alta com “Disaster” e “Emergency”, duas faixas que já colocaram o público no clima certo. Apesar das limitações físicas de Dalone, seus riffs e solos estavam todos lá, executados com precisão e sentimento. A banda parecia completamente integrada, com destaque também para Jona Tee nos teclados, que trouxe o tempero AOR característico do grupo. Leckremo comandava a plateia como se estivesse em um estádio – dançando, correndo e interagindo a todo momento, sem perder o fôlego nem a afinação.
Em “Dangerous Ground” e “Hollywood”, o público mostrou que conhecia bem o repertório, acompanhando nos refrães e agitando como se fosse uma banda de headline. A sequência “Rise”, “Beg Beg Beg” e “Back to the Rhythm” manteve o ritmo lá em cima, com momentos de puro entusiasmo coletivo. Foi bonito ver como o H.E.A.T conquistou seu espaço entre os fãs brasileiros com tanto carisma e competência, mesmo tocando num horário ainda longe do ideal para a grandeza da banda.
Na reta final, vieram os grandes hinos. “Bad Time for Love” e “1000 Miles” levaram muitos ao delírio, com Leckremo mostrando que sua volta à banda foi mais do que acertada – foi essencial. “One by One” foi outro ponto alto, com uma execução impecável e emocional. Mas nada superou o encerramento com “Living on the Run”, cantada em uníssono por todos os presentes. Foi aquele tipo de momento que faz valer a pena cada minuto debaixo do sol escaldante.
O H.E.A.T saiu do palco sob aplausos entusiasmados, deixando claro que já é um dos grandes nomes do hard rock/AOR da nova geração. Se a justiça prevalecer, nas próximas edições do festival eles estarão em horários mais nobres. Porque talento, energia e repertório de sobra eles já provaram que têm – mesmo enfrentando adversidades como o estado de saúde do guitarrista. Um show memorável, que fez jus ao nome do festival e ao calor daquele fim de tarde.
Setlist
Disaster
Emergency
Dangerous Ground
Hollywood
Rise
Beg Beg Beg
Back to the Rhythm
Bad Time for Love
1000 Miles
One by One
Living on the Run

H.E.A.T – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

H.E.A.T – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

H.E.A.T – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

H.E.A.T – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

H.E.A.T – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

H.E.A.T – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

H.E.A.T – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

H.E.A.T – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

H.E.A.T – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

H.E.A.T – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)
MUNICIPAL WASTE
Quando o Municipal Waste subiu ao palco no Bangers Open Air, era como se um furacão tivesse sido solto no meio do festival. A proposta era outra, totalmente fora da curva em relação à maioria das bandas do dia – e foi justamente isso que tornou o show tão marcante. Com seu thrash/crossover rápido, agressivo e debochado, o grupo americano entregou um espetáculo insano e absurdamente divertido. Tony Foresta, o vocalista, parecia incansável, gritando com o público a cada pausa: “Wall of death! Vamos!” – e era atendido de imediato, com rodas brutais abrindo na pista.
Começaram com “Garbage Stomp” e “Sadistic Magician”, já estabelecendo o caos. A galera parecia estar esperando justamente por esse tipo de descarga de energia, e o som direto, ríspido e punk da banda caiu como uma luva. “Slime and Punishment” e “Breathe Grease” mantiveram o ritmo alucinante, com os riffs cortantes de Ryan Waste e Nick Poulos criando uma parede sonora que não dava espaço para respirar. Cada música parecia durar um soco, e o público adorava isso – era uma catarse coletiva.
Em “Grave Dive” e “You’re Cut Off”, o groove se misturava à velocidade, enquanto Philip “Landphil” no baixo e Dave Witte na bateria mostravam uma precisão impressionante para algo tão caótico. A interação com a plateia foi constante e sempre bem-humorada. Tony é daqueles frontmen que entende a essência do estilo: provocar, rir, gritar e fazer todo mundo suar. “The Thrashin’ of the Christ” e “Poison the Preacher” fizeram a pista virar um campo de batalha, com a poeira subindo e fãs batendo cabeça como se não houvesse amanhã.
Já na segunda metade do show, vieram as pedradas “Wave of Death”, “High Speed Steel” e “Restless and Wicked”. O público seguia insaciável. “Crank the Heat” e “Mind Eraser” levantaram mais rodas, e “Under the Waste Command” mostrou que a banda sabe equilibrar caos e competência. Quando tocaram “Beer Pressure” e “Thrashing’s My Business…”, parecia que tinham transformado o festival num clube sujo dos anos 80. E é isso que o Municipal Waste faz de melhor: trazer a vibe old school com autenticidade.
O encerramento foi digno de destruição: “I Want to Kill the President” (com direito a gritos políticos), “Wrong Answer”, “The Art of Partying”, “Demoralizer” e a icônica “Born to Party”, que explodiu a plateia de vez. No fim, saí de lá com a sensação de ter levado uma surra musical – e com um sorriso no rosto. O Municipal Waste pode até destoar do restante do line-up, mas foi justamente essa quebra que tornou o show tão necessário. Foi rápido, barulhento, suado e absolutamente inesquecível.
Setlist
Garbage Stomp
Sadistic Magician
Slime and Punishment
Breathe Grease
Grave Dive
You’re Cut Off
The Thrashin’ of the Christ
Poison the Preacher
Wave of Death
High Speed Steel
Restless and Wicked
Crank the Heat
Mind Eraser
Under the Waste Command
Beer Pressure
Thrashing’s My Business… And Business Is Good
I Want to Kill the President
Wrong Answer
The Art of Partying
Demoralizer
Born to Party

Municipal Waste – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Municipal Waste – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Municipal Waste – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Municipal Waste – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Municipal Waste – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Municipal Waste – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Municipal Waste – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Municipal Waste – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)
SONATA ARCTICA
Existem bandas que simplesmente sabem como tocar o coração do público, e o Sonata Arctica é uma delas. No palco do Bangers Open Air, os finlandeses entregaram uma apresentação memorável, cheia de emoção, técnica e carisma. Para muitos fãs do power metal melódico, eles representam aquele som que nos acompanha desde os tempos da adolescência — não à toa, são carinhosamente chamados de “power metal universitário”. E Tony Kakko, com seu jeito simpático e presença de palco envolvente, fez questão de justificar todo esse carinho do público brasileiro.
A abertura com “First in Line” e “Dark Empath” foi poderosa, já colocando todo mundo em estado de encantamento. O som estava limpo, os vocais de Tony absolutamente perfeitos, e os teclados de Henrik Klingenberg criavam aquele clima melódico e nostálgico que é marca registrada da banda. Quando emendaram “I Have a Right”, foi impossível não se emocionar — a música, que fala sobre liberdade e escolhas pessoais, foi cantada em coro por toda a plateia, num daqueles momentos em que se sente a conexão verdadeira entre banda e fãs.
“San Sebastian” e “Replica” vieram para agradar os mais antigos, e foi bonito ver como essas faixas ainda têm força nos corações de quem acompanha a banda desde os anos 2000. “My Land” também causou comoção, com a plateia completamente entregue. Mas nada se comparou ao momento de “FullMoon”, quando Tony parou e deixou que o público cantasse o primeiro verso sozinho. Foi de arrepiar. A emoção no rosto dele era nítida — e ele retribuiu com um sorriso largo e um agradecimento sincero.
Na reta final, “Wolf & Raven” trouxe velocidade e virtuosismo, com Elias Viljanen dominando a guitarra com maestria. A sequência “Don’t Say a Word” e “Vodka” encerrou o show em clima de festa — essa última já virou tradição, e foi impossível não rir e dançar enquanto todos brindavam, ainda que apenas com garrafinhas d’água. Tony fez piada, dançou com o teclado e mostrou por que é um dos frontmen mais queridos do gênero. Foi uma celebração alegre, descontraída e intensa.
Saí do show com a alma leve. O Sonata Arctica conseguiu, mais uma vez, tocar fundo com sua mistura de melodia, lirismo e carisma. É impressionante como eles conseguem equilibrar técnica e emoção, sem soar excessivos. E ver essa resposta calorosa dos fãs brasileiros, algo que Tony mesmo fez questão de destacar, mostra que essa relação ainda tem muitos capítulos pela frente. Um show inesquecível, para cantar junto, lembrar do passado e, ao mesmo tempo, celebrar o presente da banda.
Setlist
First in Line
Dark Empath
I Have a Right
San Sebastian
Replica
My Land
FullMoon (Fans singing first verse)
Wolf & Raven
Don’t Say a Word
Vodka

Sonata Arctica – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Sonata Arctica – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Sonata Arctica – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Sonata Arctica – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Sonata Arctica – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Sonata Arctica – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Sonata Arctica – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Sonata Arctica – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Sonata Arctica – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Sonata Arctica – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Sonata Arctica – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Sonata Arctica – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)
KAMELOT
O show do Kamelot no Bangers Open Air foi daqueles que misturam música e espetáculo em partes iguais. Com uma produção grandiosa, arranjos orquestrais e uma pegada quase teatral, a banda norte-americana entregou um dos shows mais envolventes da noite. Tommy Karevik, com sua voz poderosa e postura cênica, comandou o palco com segurança impressionante. Seu carisma é magnético, e ele sabe exatamente como guiar o público por entre os climas épicos das músicas. Foi uma apresentação que alternou peso, emoção e teatralidade com maestria.
Logo de cara, “Veil of Elysium” e “Rule the World” colocaram o público em transe. A riqueza instrumental, com teclados de Oliver Palotai e os riffs marcantes de Thomas Youngblood, criou uma atmosfera imersiva. “Insomnia” e “When the Lights Are Down” deram sequência com energia e elegância, mostrando a habilidade da banda em mesclar peso e melodia com perfeição. Tommy se movia com teatralidade, ora interagindo com os fãs, ora encarnando personagens das letras — uma performance pensada nos mínimos detalhes.
“New Babylon” trouxe um dos momentos mais esperados da noite: a participação de Melissa Bonny, que dividiu os vocais com Tommy em uma performance explosiva. A química entre os dois foi contagiante, e o contraste entre as vozes criou um clímax arrebatador. “Karma”, um clássico absoluto, veio na sequência como uma ponte emocional entre o passado e o presente da banda. O solo de bateria de Alex Landenburg, que incluiu um trecho de “Tom Sawyer” do Rush, arrancou aplausos e provou que os músicos do Kamelot são verdadeiros virtuoses.
Em “March of Mephisto”, Melissa voltou ao palco para mais uma participação que fez o chão tremer. A música, já densa por natureza, ganhou ainda mais profundidade com a presença dela. Foi impossível não se arrepiar. O solo de teclado de Oliver Palotai veio na sequência, destacando a sofisticação da sonoridade do grupo. E então, “Forever” reacendeu o lado mais emocional da banda, com fãs cantando junto num daqueles momentos de comunhão que fazem festivais como o Bangers serem tão especiais.
O encerramento com “One More Flag in the Ground” e “Liar Liar (Wasteland Monarchy)” foi um verdadeiro espetáculo audiovisual, com direito a efeitos de luzes e um público completamente entregue. A banda se despediu ovacionada, provando que, mesmo com tantas mudanças ao longo dos anos, o Kamelot segue firme como um dos pilares do metal melódico e sinfônico. Foi um show que misturou intensidade, beleza, técnica e emoção. Uma verdadeira aula de como transformar uma apresentação em experiência.
Setlist
Veil of Elysium
Rule the World
Insomnia
When the Lights Are Down
New Babylon
Karma
Solo de bateria (com trecho de “Tom Sawyer”, do Rush)
March of Mephisto
Solo de teclado
Forever
One More Flag in the Ground
Liar Liar (Wasteland Monarchy)

Kamelot – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Kamelot – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Kamelot – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Kamelot – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Kamelot – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Kamelot – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Kamelot – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Kamelot – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Kamelot – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

Kamelot – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)
SAXON
Ver o Saxon ao vivo é como assistir a uma aula de história do heavy metal sendo ministrada com paixão, peso e energia. Desde o momento em que Biff Byford entrou no palco, com seu carisma lendário e aquele vozeirão intacto, já sabíamos que seria um show inesquecível. O público, visivelmente feliz com o retorno da banda ao Brasil, respondeu com entusiasmo a cada música, criando uma atmosfera de celebração genuína. E não é para menos: poucos nomes da New Wave of British Heavy Metal ainda estão tão afiados e relevantes quanto o Saxon.
A abertura com “Hell, Fire and Damnation” já mostrou que a banda não vive só do passado. A faixa do novo álbum foi recebida com entusiasmo e mostrou que mesmo com décadas de estrada, o grupo segue criativo e potente. “Power and the Glory” e “Motorcycle Man” vieram em seguida para incendiar de vez o público, com riffs certeiros e a bateria pulsante de Nigel Glockler. Biff, sempre simpático, fazia questão de interagir entre as faixas, agradecendo o carinho dos fãs brasileiros — uma constante ao longo da apresentação.
O momento mais emblemático da noite veio quando fãs jogaram no palco coletes cheios de patches do Saxon. Biff, em um gesto espontâneo e simbólico, vestiu um deles em pleno show, arrancando gritos e aplausos emocionados da plateia. Foi um gesto simples, mas com um impacto imenso — um verdadeiro tributo à devoção dos fãs e à ligação histórica da banda com seu público. “Heavy Metal Thunder”, “Strong Arm of the Law” e a nova “Madame Guillotine” deram sequência ao show, equilibrando clássicos e novidades com maestria.
Outro ponto alto da noite foi a atuação de Brian Tatler, que substituiu Paul Quinn nas turnês. A entrada de Brian, guitarrista histórico do Diamond Head, trouxe uma energia nova ao Saxon. Ao vivo, sua presença tem sido mais do que uma substituição: ele soma e muito. Seus riffs soam poderosos e sua sinergia com Doug Scarratt já é evidente. Brian tem contribuído ativamente para manter a pegada clássica da banda, adicionando sua própria identidade sem descaracterizar o som que os fãs tanto amam. A química entre os dois guitarristas no palco é um espetáculo à parte.
Na reta final, foi só pedrada. “Denim and Leather” virou hino coletivo, com milhares de vozes cantando em uníssono. “747 (Strangers in the Night)” e “Wheels of Steel” trouxeram aquele gostinho de anos 80, mas com a energia de uma banda que ainda tem muito combustível no tanque. O encerramento com “Crusader” e “Princess of the Night” selou a noite com chave de ouro. Saí dali com a certeza de que o Saxon ainda tem muito a oferecer, tanto aos fãs antigos quanto aos mais novos. A banda não apenas honrou seu legado — ela reafirmou, no palco do Bangers Open Air, que o verdadeiro heavy metal continua vivo, forte e cheio de emoção. Que noite!
Setlist
Hell, Fire and Damnation
Power and the Glory
Motorcycle Man
Madame Guillotine
Heavy Metal Thunder
Strong Arm of the Law
1066
And the Bands Played On
Denim and Leather
747 (Strangers in the Night)
Wheels of Steel
Crusader
Princess of the Night

Saxon – Foto: @raphagarcia/Bangers Open Air

Saxon – Foto: @raphagarcia/Bangers Open Air

Saxon – Foto: @raphagarcia/Bangers Open Air

Saxon – Foto: @raphagarcia/Bangers Open Air

Saxon – Foto: @raphagarcia/Bangers Open Air

Saxon – Foto: @raphagarcia/Bangers Open Air

Saxon – Foto: @raphagarcia/Bangers Open Air

Saxon – Foto: @raphagarcia/Bangers Open Air

Saxon – Foto: @raphagarcia/Bangers Open Air

Saxon – Foto: @raphagarcia/Bangers Open Air
POWERWOLF E DARK ANGEL
Dividir-se entre dois palcos para assistir a Powerwolf e Dark Angel foi um desafio recompensado por duas experiências intensas e contrastantes no Bangers Open Air 2025. Enquanto o Powerwolf entregou um espetáculo teatral e grandioso, o Dark Angel trouxe uma performance crua e visceral, reafirmando sua relevância no cenário do thrash metal.
O Powerwolf, promovendo seu álbum mais recente, “Wake Up the Wicked” (2024), demonstrou por que é considerado uma das principais forças do power metal contemporâneo. A abertura com “Bless ‘em with the Blade” estabeleceu o tom épico do show, seguido por “Sinners of the Seven Seas”, que trouxe uma atmosfera marítima ao setlist. “Kyrie Klitorem” e “Heretic Hunters” mantiveram a energia elevada, com coros envolventes e riffs marcantes. A faixa “1589”, baseada na história real de Peter Stumpp, destacou-se pela narrativa sombria e arranjos dramáticos. “Viva Vulgata” e “Wake Up the Wicked” continuaram a sequência com intensidade, enquanto “Joan of Arc” trouxe uma homenagem poderosa à heroína francesa. “Thunderpriest” e “We Don’t Wanna Be No Saints” mantiveram o público engajado, culminando com “Vargamor”, que encerrou o show com uma atmosfera introspectiva.
Apesar da performance energética, o uso excessivo de trilhas pré-gravadas para partes orquestrais e corais foi notável, o que pode ter reduzido a autenticidade da apresentação ao vivo. No entanto, a presença cênica da banda, liderada por Attila Dorn, compensou esse aspecto, proporcionando um espetáculo visualmente impressionante.
No palco do Dark Angel, a atmosfera era completamente diferente. A banda, que retornou recentemente com o álbum “Extinction Level Event” (2025), entregou um show intenso e direto, sem artifícios. A abertura com “Time Does Not Heal” e “Never to Rise Again” estabeleceu a ferocidade do set, com riffs agressivos e vocais potentes de Ron Rinehart.
“No One Answers” e “The Burning of Sodom” mantiveram a intensidade, enquanto “Extinction-Level Event”, dedicada ao falecido guitarrista Jim Durkin, trouxe um momento emocional ao show. “Merciless Death” e “The Death of Innocence” continuaram a sequência com energia inabalável. Gene Hoglan, na bateria, foi um destaque à parte, com sua técnica precisa e poderosa.
O setlist prosseguiu com “Death Is Certain (Life Is Not)”, “Darkness Descends” e “Perish in Flames”, encerrando a apresentação com uma explosão de thrash metal puro. A performance do Dark Angel foi uma demonstração de autenticidade e paixão pelo gênero, conquistando tanto fãs antigos quanto novos admiradores.
Em resumo, assistir ao Powerwolf e ao Dark Angel na mesma noite proporcionou uma visão abrangente da diversidade dentro do metal. Enquanto o Powerwolf impressionou com sua teatralidade e produção elaborada, o Dark Angel reafirmou a força do thrash metal com uma performance crua e energética. Ambas as bandas, cada uma à sua maneira, ofereceram shows memoráveis que destacaram suas respectivas qualidades e estilos únicos.
Setlist Powerwolf
Bless ’em With the Blade
Incense & Iron
Army of the Night
Sinners of the Seven Seas
Amen & Attack
Dancing With the Dead
Armata Strigoi
Sainted by the Storm
Heretic Hunters
Fire and Forgive
Werewolves of Armenia
Demons Are a Girl’s Best Friend
Blood for Blood (Faoladh)
Agnus Dei
Sanctified With Dynamite
We Drink Your Blood
Setlist Dark Angel
Time Does Not Heal
Never to Rise Again
No One Answers
The Burning of Sodom
Extinction-Level Event (Dedicated to Jim Durkin)
Merciless Death
The Death of Innocence
Death Is Certain (Life Is Not)
Darkness Descends
Perish in Flames

Powerwolf – Foto: @rogeriovonkruger/Bangers Open AIr

Powerwolf – Foto: @rogeriovonkruger/Bangers Open AIr

Powerwolf – Foto: @rogeriovonkruger/Bangers Open AIr

Powerwolf – Foto: @rogeriovonkruger/Bangers Open AIr

Powerwolf – Foto: @rogeriovonkruger/Bangers Open AIr

Powerwolf – Foto: @rogeriovonkruger/Bangers Open AIr

Dark Angel – Foto: @welpenilha/Bangers Open Air

Dark Angel – Foto: @welpenilha/Bangers Open Air

Dark Angel – Foto: @welpenilha/Bangers Open Air

Dark Angel – Foto: @welpenilha/Bangers Open Air

Dark Angel – Foto: @welpenilha/Bangers Open Air
SABATON
O Sabaton apresentou um espetáculo memorável no Bangers Open Air 2025, consolidando-se como um dos principais nomes do power metal contemporâneo. Com uma produção visual impressionante e uma performance intensa, a banda sueca reafirmou seu domínio sobre o palco e sua conexão com o público brasileiro, um dos mais apaixonados de sua trajetória. A teatralidade característica do grupo ganhou vida com arame farpado, sacos de areia, pirotecnia e uma cenografia que transportou os fãs diretamente para os campos de batalha que inspiram as letras da banda.
O vocalista Joakim Brodén esbanjou carisma e energia, interagindo com a plateia em diversos momentos — inclusive ao empunhar uma guitarra com estampa da Hello Kitty, em um momento leve e bem-humorado. A setlist foi um verdadeiro passeio pela carreira da banda, iniciando com “Ghost Division” e passando por clássicos como “The Last Stand”, “The Red Baron”, “Bismarck” e “Stormtroopers”. Em “Carolus Rex”, cantada em sueco, o clima foi de introspecção e orgulho, contrastando com a energia explosiva de faixas como “Night Witches” e “The Attack of the Dead Men”, acompanhadas por projeções e efeitos cênicos impactantes.
A relação do Sabaton com o público brasileiro ganhou um de seus pontos altos com a execução de “Smoking Snakes”, dedicada aos heróis brasileiros da Segunda Guerra Mundial. A faixa foi recebida com entusiasmo pelos presentes, algo que Thobbe Englund já previa em entrevista ao portal Onde o Rock Acontece/Metal Na Lata: “Acho que isso tem muito a ver com respeito”, afirmou. “Smoking Snakes” se tornou uma ponte entre a banda e os fãs do Brasil, reforçando a admiração mútua.
A performance incluiu ainda um momento inesperado em “Resist and Bite”, quando o grupo inseriu um trecho de “Master of Puppets”, do Metallica, como forma de homenagem a suas influências. “Fields of Verdun”, “The Art of War”, “Soldier of Heaven” e a emocionante “Christmas Truce” também compuseram o repertório, com destaque para o momento em que a plateia iluminou o espaço com luzes de celulares, criando uma atmosfera tocante.
Thobbe, ex-integrante e colaborador próximo da banda, também comentou na entrevista sobre o espaço que o Sabaton pode ocupar no futuro do metal: “Se um dia bandas como o Iron Maiden decidirem parar, haverá um grande espaço a ser preenchido, e o Sabaton tem potencial para ocupar parte desse lugar. O amor pelo heavy metal nunca vai acabar!”
O show terminou de forma apoteótica com “Primo Victoria”, “Swedish Pagans” e “To Hell and Back”, deixando uma impressão duradoura em todos que presenciaram a apresentação. Para Thobbe, eventos como o Bangers Open Air são essenciais para o fortalecimento da cena: “Festivais são o lugar perfeito para bandas novas se apresentarem e conquistarem um grande público. Todos estão ali pela música, e o ambiente é incrível, quase como uma grande família.”
Combinando talento musical, narrativa histórica, uma produção de alto nível e uma conexão genuína com os fãs, o Sabaton provou mais uma vez por que é uma das bandas mais relevantes do metal atual — e por que o Brasil ocupa um lugar tão especial nessa trajetória.
Setlist
Ghost Division
The Last Stand
The Red Baron
Bismarck
Stormtroopers
Carolus Rex
Night Witches
The Attack of the Dead Men
Fields of Verdun
The Art of War
Resist and Bite (com trecho de “Master of Puppets” do Metallica)
Soldier of Heaven
Christmas Truce
Smoking Snakes
Primo Victoria
Swedish Pagans
To Hell and Back

Sabaton – Foto: Anderson Hildebrando | @andersonh_fotografia (parceria com ‘Heavy Metal On Line’ e ‘Metal no Papel’)

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