O ex-guitarrista do Megadeth, Marty Friedman, acaba de lançar o videoclipe da música “Tearful Confession”. A faixa faz parte de seu mais recente álbum solo, “Drama”, lançado em maio do ano passado pela Frontiers Music Srl.
Gravado na Itália, “Drama” destaca o toque único de Marty, que, pela primeira vez, utilizou tanto guitarras vintage quanto modernas para criar uma sonoridade envolvente, capaz de cativar amantes da música em todo o mundo. Do primeiro single, “Illumination”, à hipnotizante “Mirage” e outras dez faixas carregadas de emoção, o álbum entrega uma experiência musical intensa, marcada por elementos atmosféricos e um toque exótico.
Durante uma sessão de perguntas e respostas no Rock ‘N’ Roll Fantasy Camp’s “Metalmania III”, em novembro de 2023, em Los Angeles, Marty falou sobre o conceito de Drama. Ele explicou: “Tenho 15 álbuns solo agora, e, a cada um, tento fazer algo novo, algo que nunca fiz antes. Nunca quero ser visto como um daqueles caras de quem dizem: ‘Ah, os primeiros álbuns eram ótimos’. Sabe o que quero dizer? Eu costumava dizer isso sobre meus guitarristas favoritos – infelizmente – e nunca quis que dissessem isso sobre mim. Então, estou sempre me desafiando com coisas novas. Neste novo álbum, a coisa mais próxima à qual posso compará-lo é um disco que lancei há muito tempo chamado Scenes [1992]. Ele era muito dramático e orquestral, com vários outros instrumentos – violinos, violoncelos e afins. Então, Drama segue um conceito mais dramático e orquestral. Mas tudo o que aprendi desde Scenes cresceu exponencialmente, então agora a escala é muito maior. Se você gostou de Scenes, acho que este álbum será perfeito para você”.
Em outubro de 2023, Marty também falou sobre Drama em uma entrevista ao Chris Akin Presents. Quando questionado sobre os desafios que o motivam a continuar inovando em sua música, ele explicou: “Não estou tão interessado em tentar algo novo apenas por tentar. Quero me impressionar com algo que nunca fiz antes. Não é como se eu fosse acordar um dia e dizer: ‘Ok, agora vou ser rapper’ ou algo assim. Eu faço o que faço e tenho minha visão e meu som musical. Apenas tento aprofundar isso. Tento criar emoções mais complexas, melodias mais interessantes, reviravoltas inesperadas, coisas que eu não era capaz de fazer um ou dois anos atrás. Coisas que não conseguia ouvir antes, mas que a vida e minhas experiências musicais me permitiram captar agora. E, claro, também estou sempre consciente do que já fiz para não me repetir. Esse é um desafio natural que enfrento há anos, e a parte mais difícil é aquela folha em branco no começo. É como: ‘Como vou superar o que acabei de fazer? Trabalhei duro, dei tudo de mim, e agora estou zerado’. Esse é o desafio”.
Marty deu início à turnê Live Drama 2025 nos Estados Unidos em 25 de janeiro, com um show no Count’s Vamp’d, em Las Vegas, Nevada. Seu impacto no mundo da música, da guitarra e da cultura pop japonesa é impressionante. Ele se destacou inicialmente com a inovadora dupla de guitarras Cacophony, ao lado de Jason Becker, antes de passar uma década como guitarrista solo do Megadeth, banda essencial para o thrash metal. Posteriormente, mudou-se para Tóquio, impulsionado por seu amor pela música, pelo idioma e pela cultura japonesa.
Além de sua carreira musical, Marty se tornou uma personalidade influente no entretenimento japonês. Ele protagonizou o programa de comédia Hebimeta-san (“Mr. Heavy Metal”) e seu spin-off Rock Fujiyama, que durou seis temporadas e o levou ao mainstream do país. Desde então, já participou de mais de 800 programas de TV, filmes e comerciais, incluindo uma campanha publicitária de dois anos com a Coca-Cola para a Fanta. Ele também escreveu dois best-sellers e foi o primeiro estrangeiro nomeado embaixador do patrimônio cultural do Japão, chegando a se apresentar na cerimônia de abertura da Maratona de Tóquio.
Friedman continuou sua carreira musical com diversos álbuns solo e colaborações com grandes nomes da música japonesa. Entre seus sucessos estão um single com o grupo SMAP e músicas nas paradas com Momoiro Clover e Sound Horizon. Seu impacto transcende gêneros e fronteiras, consolidando-o como uma das figuras mais versáteis e inovadoras da música contemporânea. Sua autobiografia, Dreaming Japanese, foi lançada em 3 de dezembro de 2024 pela Permuted Press, oferecendo um olhar mais profundo sobre sua jornada única.
