Jeff Scott Soto celebra 40 anos de carreira e novo álbum do W.E.T.: “Eu tenho minha própria legião dedicada de fãs”
01/04/2025 // Home  »  DestaqueNotícias   »   Jeff Scott Soto celebra 40 anos de carreira e novo álbum do W.E.T.: “Eu tenho minha própria legião dedicada de fãs”




Jeff Scott Soto

Apesar de ser um dos vocalistas mais talentosos do rock, Jeff Scott Soto ainda não se tornou um nome amplamente reconhecido pelo público geral. Em entrevista conduzada pelo jornalista David E. Gehlke ao site Blabbermouth.net, Soto falou sobre sua longa carreira, os desafios de manter uma banda estável e sua legião fiel de fãs. “Eu tenho minha própria legião dedicada de fãs”, afirmou o cantor.

Com um currículo impressionante, Soto já trabalhou com nomes como Yngwie J. Malmsteen, Talisman, Trans-Siberian Orchestra, Sons of Apollo, W.E.T., além de vários álbuns solo e participações especiais. No entanto, ele nunca teve uma banda que o definisse completamente. “Ao invés disso, continuo emprestando minha voz magnífica para vários projetos que, no mínimo, demonstram minha versatilidade e alcance”, explicou.

O W.E.T., um dos projetos atuais de Soto, lançou recentemente seu quinto álbum, “Apex”. A parceria entre Soto e Erik Mårtensson (Eclipse) resultou em um trabalho que transita entre o AOR rock e baladas emocionantes como “Love Conquers All”. Apesar da qualidade do grupo, Soto acredita que a banda é mais um projeto de estúdio do que uma iniciativa para grandes turnês. “O que mantém o W.E.T. vivo é que não há expectativa de turnê ou de continuidade. Podemos fazer discos no nosso próprio tempo”, disse.

Soto também falou sobre como vê a evolução do W.E.T. e a participação de Erik nos vocais. “Quando começamos, eu era o único vocalista, mas Erik é um cantor principal. Ele mandava as guias com sua voz, e eu comecei a questionar por que não estávamos utilizando mais a voz dele”, revelou. A partir do segundo álbum, os dois passaram a dividir mais as músicas, trazendo uma dinâmica diferente ao som do grupo. “Adoro o conceito de múltiplos cantores e adicionar diferentes texturas à nossa música”, completou.

Sobre sua relação com baladas, Soto foi sincero: “Sempre fui um cara de baladas, porque não cresci ouvindo rock. Enquanto meus amigos estavam ouvindo Ted Nugent, Kiss e Cheap Trick, eu estava ouvindo Earth, Wind & Fire e Little River Band”. Sua entrada no rock se deu por meio de bandas como Journey e Foreigner, que combinavam vocais melódicos com instrumentais pesados. “Sempre fui um cara do pop, do R&B e da soul music, e isso transparece no que eu faço”, destacou.

Quando questionado sobre a possibilidade de fazer shows com o W.E.T., Soto foi categórico: “Seria necessário refazer todos os cinco álbuns em um tom mais confortável para mim”. Aos quase 60 anos, ele reconhece que sua voz já não alcança os mesmos registros de antigamente. “Minha voz não é o que era nos meus 20, 30 ou 40 anos. Você precisa se adaptar”, afirmou. Ele também enfatizou que prefere preservar suas canções como foram gravadas originalmente a cantá-las de forma insatisfatória ao vivo.

Por fim, Soto refletiu sobre sua trajetória e sua posição na indústria da música. “Não sou um nome conhecido do grande público, mas meu nome é reconhecido no meio. Quando recebo mensagens de amigos dizendo que estavam conversando com alguém famoso e meu nome surgiu, isso já vale muito para mim”, disse. Embora nunca tenha alcançado o nível de fama de nomes como Paul Stanley (Kiss) ou Axl Rose (Guns ‘N Roses), ele valoriza sua influência e a fidelidade de seus fãs. “Prefiro que meu nome seja mencionado nessas conversas do que ter tido um ou dois hits há 30 anos e nada mais”, concluiu.

Ouça W.E.T. – “Apex”:

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